Olhou aquele Modigliani com o mesmo ponto de interrogação na testa, lágrimas nos olhos e aperto no coração que tinha ao ouvir os passos na escada. Gostava de deixar a porta aberta, mas sempre fechava os olhos ao iniciar dos passos, como quem reza ou tem medo. Desejava o barulho daquelas pedras miúdas jogadas em sua janela. Sempre acordava ao primeiro ressoar da pedra no metal. Como quem ouve um sino ou um grito perdido. Eternamente a respiração curta e todo o amor do mundo. Depois nem era mais. Mas ainda há tanto. E nem a sisudez que me imponho esconde minha esperança. Porque eu sou feita de uma matéria que não tem fim, nem resseca, nem endurece ou quebra. E daqui a pouco, disso, nem lembrança eu tenho mais.
vocês trazem alegria para esta casa.
4 comentários:
Eu sempre fecho os olhos antes do primeiro passo.
:)
Lindo.
Adorei teus textos.
uma simplicidade marcante.
:*
Você foi premiada.
Olha lá no Alecrim... bjs
até onde essa esperança nos leva?
as vzs é o que resta.
né?
big beijo.
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