Recebeu suas letras de volta e trocou o nariz.
Guardou tudo em fonte sem serifa tamanho sete. Caracteres miudinhos como seus
olhos. Os cheiros lhe ocupavam a caixa torácica. Pulmões, coração e soluços.
Tinha um diafragma que sucumbia a primeira taça de espumante. Uma bendita
memória olfativa que lhe derretia as pernas. Encontrou o Gato de Cheshire na
lua e até a caixa do supermercado (sempre amarga) lhe mostrou doçura ao embalar
uma planta. As duas dividiram um sorriso, inimaginável até então. O título e o
texto deveriam ser palavrão como o carimbo com tinta vermelha, que poderia ser
alforria, mas é algoz. Covarde. Fala verdades como quem mente, porque sabe que
a exposição é o melhor esconderijo. O sol cega. Distribui sinceridades
virtuais, mas decora cílios, marcas de expressão e outros detalhes enquanto
finge que olha nos olhos. Agradece a miopia. Usa lentes corretivas como
armadura. A verdade é que usa tantas armaduras que sem elas é invertebrada. Lua
em Câncer. Pisciana com P de paciência. Ou preguiça.
Vocês trazem alegria para esta casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário