Quero descobrir meu caminho nas espirais desenhadas em tua mão. Desejo que as cores do meu dia venham do teu riso, que o som da minha paz tenha teu cheiro. Trago medo do que não conheço e pavor imenso do que me aconteceu. Preciso de paciência. Muita. Comigo e para mim.
A esperança de janeiro. O tanto tempo. Quero o suspiro de fevereiro. O pulsar mais uma vez. E que todas as manhãs tenham o cinza da saudade em março. Quero as curvas de abril me guiando a vida inteira. Os ventos de maio! Desesperadamente os ventos de maio. Anseio pelas fogueiras de junho. O muito. As lembranças mais antigas do que poderiam ser minhas. Julho, quando a Roda começa a mudar. Os laços. Os nós. E nós precisamos desse caminho também. Agosto de início e medo. Os primeiros passos. Em falsos quereres. As horas sem fim. É setembro e o céu anuncia a incomensurável beleza do azul. E me visto de azul. E sou azul. Porque é de desejo, calor e primavera que me faço toda amor. Em outubro a certeza do fim. E todo fim é triste. Enfim. As folhas caindo me lembram disso. Novembro de começo e mais uma vez e sempre. Em novembro o ar é outro. O suspiro preso. O muito por fazer. E de amor e certeza faço minhas tardes. Em dezembro pequenas vendedoras de fósforos espalham caridade em janelas fechadas. E eu sou riso, suspiro e mar a vida toda.
Para me perder em mim. Te iluminar. Me aceite. Me receba. Me acenda.
A esperança de janeiro. O tanto tempo. Quero o suspiro de fevereiro. O pulsar mais uma vez. E que todas as manhãs tenham o cinza da saudade em março. Quero as curvas de abril me guiando a vida inteira. Os ventos de maio! Desesperadamente os ventos de maio. Anseio pelas fogueiras de junho. O muito. As lembranças mais antigas do que poderiam ser minhas. Julho, quando a Roda começa a mudar. Os laços. Os nós. E nós precisamos desse caminho também. Agosto de início e medo. Os primeiros passos. Em falsos quereres. As horas sem fim. É setembro e o céu anuncia a incomensurável beleza do azul. E me visto de azul. E sou azul. Porque é de desejo, calor e primavera que me faço toda amor. Em outubro a certeza do fim. E todo fim é triste. Enfim. As folhas caindo me lembram disso. Novembro de começo e mais uma vez e sempre. Em novembro o ar é outro. O suspiro preso. O muito por fazer. E de amor e certeza faço minhas tardes. Em dezembro pequenas vendedoras de fósforos espalham caridade em janelas fechadas. E eu sou riso, suspiro e mar a vida toda.
Para me perder em mim. Te iluminar. Me aceite. Me receba. Me acenda.
5 comentários:
incrível como tu é sutil.
não há suficiente palavra!
Pois é,
curvas de abril.
Pois é,
espirais da tua mão.
Lindo!
Parece a esperança de dias melhores. essas palavras fazem bem
beijo
leve.. com a tua alma...
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